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Religião - Síndrome da Deficiência Sectária Adquirida

Síndrome da Deficiência Sectária
O que é um sectário? É todo aquele que tira Jesus do centro de sua adoração. Ele crê ser Jesus o caminho, mas foi programado a crer que a seita dele é o atalho; confessa ser Jesus a verdade, mas ensina que só a seita dele ensina a verdade; ele admite ser Jesus a vida, mas dissemina pelas ruas o engano de que só terão a vida eterna os que por sua seita enverederarem. Todo sectário, ciente ou não de seu orgulho organizacional, é uma terrível vítima de sua liderança. Inclusive, há quem viva numa denominação cristã que faz de sua religiosidade uma seita, pois crê em sua salvação, mas divide os méritos dela entre a graça de Deus (NÃO TEMOS MÉRITOS) e os usos e costumes de sua denominação. Mas, o que dizer do sectário, propriamente dito? Como está preso a falsos ensinos? 

O sectário adquiriu uma terrível deficiência: Apesar de sua seita ser fundada há poucos anos, crê que ela seja o restabelecimento da adoração verdadeira, depois de 1.800 anos sem haver Cristianismo. Esta cegueira diabólica estrategicamente causada pelos seus líderes visa responder a pergunta óbvia: Se vocês são a única religião verdadeira, qual era então a verdadeira antes de seu fundador surgir? Assim, uns dizem: 

A primeira pessoa da nossa religião foi Abel, pois ele é chamado de "testemunha". (Hebreus 11:4; 12:1) E os judeus já eram da nossa religião pois são chamados de testemunhas. - Isaías 43:10. 

Jesus foi o maior médium que já existiu, portanto, cria como nós. 

O primeiro a ser um pedreiro como nós foi Tubalcaim. - Gênesis 4:22. 

O Jesus da Bíblia morreu, ressuscitou, apareceu aos discípulos, depois apareceu nas Américas, e depois de uns 1.700 anos apareceu para nosso fundador e profeta. 
Não demorará muito, e criarão a Igreja de Deus Arca de Noé, os primeiros salvos após o dilúvio, e os últimos salvos do Armagedom. Apesar de haver sectários na história cristã e não-cristã que permitiram seus lábios exalarem a frase: "Nossa igreja [denominação] é como a arca de Noé - fora dela não há salvação". Isso é cegueira espiritual. 

A síndrome da deficiência sectária adquirida estampa a si mesma, através de suas obras, como evidência da única adoração verdadeira. A diferença entre um sectário e um cristão se evidencia à base da parábola do fariseu e do publicano: 

"O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado." - Lucas 18:11-14. 

O sectário faz propaganda e marketing de suas obras: Somente nós não vamos às guerras, somente nós pregamos de casa em casa, somente nós pagamos promessas subindo longas escadas ajoelhados; somos nós os mais destacados em obras de caridade; somos os melhores em construir belos templos; somente nós não nos envolvemos com a política; somente... somente... somente." Mas o cristão deixa a marketagem de lado e humildemente comporta-se como pecador arrependido: Ele não diz: "Errei, mas só eu sou a religião verdadeira" ou "Errei, mas os outros erraram também". Em vez de estampar o orgulho organizacional, deixa que os outros reconheçam os frutos. (Mateus 7:20) Assim, fazem, trabalham, se esforçam, divulgam, esperneiam, distribuem panfletos com mensagens que jamais se cumprem, as quais enaltecem mais sua seita do que o nome que esta acima de todo nome (Filipenses 2:9-11), relatam horas mensais trabalhadas, publicam em jornais suas campanhas e eventos prometendo libertação, curas; marketeiam seus próprios líderes, com nomes do tipo "Lord do Fogo", "Sara Canelinha de Fogo", "Pastor do Trovão de Deus", "O Homem com visão de Raio X", e tantas outras formas criativas e destrutivas ao mesmo tempo. Gastam milhares de horas para fazer um convertido. Tudo em vão! Por quê? A motivação errônea! Um bando de sectários servindo homens, meros e pobres candidatos à salvação. Fazem para ter a salvação, não para agradecê-la. Nem eles têm certeza de sua salvação, e vêm a nós pregando o que nem sabem se terão. Bem diferente de Paulo que tinha certeza de sua salvação (Romanos 8:38, 39) e admoestava que o imitássemos (1 Coríntios 11:1). 

A Síndrome da Deficiência Sectária Adquirida é tão ardilosa, inescrupulosa e mesquinha que o sectário afirma: "Somos os mais perseguidos na face da terra", quando na verdade chegou a essa conclusão porque somente pode ler literaturas de sua seita, que desonestamente não relata que nos mesmos países onde seus asseclas são perseguidos, os cristãos batistas, presbiterianos, metodistas, assembleianos também o são. E essa síndrome cega tanto o sectário que ele raciocina assim: 
Se estamos sendo perseguidos, é porque somos a única religião verdadeira. Se outras religiões que professam o Cristianismo são perseguidas é uma estratégia do Diabo para enganá-las. 

Eu era assim, e conheço pessoas de várias seitas que também eram assim. Mas o que fazer por essas pessoas? 

Viver a religião verdadeira, ou seja, quais cristãos que já aceitaram de verdade Jesus como Salvador, deixemos nossas obras naturalmente serem reconhecidas, como evidência da certeza de nossa salvação e da tão grande graça de Deus. Quando nos acusarem de falsos cristãos, por causa do mal exemplo de muitos, mantenhamo-nos perseverantemente, esticando-nos para alcançar o prêmio, pois ele é certo. (Filipenses 3:13-15) Oremos por eles. Perdoemos a eles. Deixemos de lado qualquer sentimento ruim por eles, pois estão onde já estivemos. 

No devido tempo, Deus rirá dos zombadores, dos que nos trazem um outro evangelho, educado quando aceito, ofensivo e acusador quando rejeitado. Aqueles vítimas da Síndrome da Deficiência Sectária Adquirida em breve desaparecerão, com sua Bíblia falsa, com sua apologética sem ética, com suas interpretações mutantes, com seus ensinos mentirosos recheados de mentiras e com suas acusações generalizadoras. Graças a Deus fui liberto disso! Mas não posso guardar o verdadeiro Jesus só para mim. Nem você. Por isso, falemos do imenso amor de Deus, que enviou Jesus para morrer por pessoas individuais, não por denominações exclusivistas, profeteiras de bodegas e arrogantes de uma suposta verdade mas reflexo da mente humana sectária do que da atuação do Espírito Santo de Deus (com letra maiúscula). 


Fonte: Fernando Galli