Uma carta, alegadamente escrita pelo próprio diabo através da mão de uma freira possuída foi decodificada por cientistas depois de mais de 300 anos.
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Especialistas conseguiram traduzir um texto criptografado que foi escrito por uma freira beneditina que afirmava ter sido ditado pelo próprio Satanás.
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Segundo a historia a Irmã Maria Crocifissa della Concezione, do convento de Palma de Montechiaro, na Sicília, foi possuída pelo diabo em 11 de agosto de 1676.
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Convento de Palma de Montechiaro atualmente
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Ela acordou depois de um desmaio com o rosto coberto de tinta e encontrou ao seu lado uma série de cartas escritas em uma confusa mistura de símbolos e línguas.
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As freiras na época acreditaram que as cartas haviam sido entregues por demônios, e se convenceram de que o próprio Satanás as tinha escrito com o intuito de afasta-las de Deus.
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E agora, mais de 300 anos depois, cientistas conseguiram decodificar 11 linhas de uma das cartas.
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-Trecho de uma das cartas diabólicas
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Pesquisadores do Ludum Science Center na Sicília afirmam ter decodificado uma grande parte do texto do diabo.
Eles usaram uma ferramenta de descriptografar encontrada na Deep Web, a parte sinistra da internet que só é acessível através de determinados navegadores.
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A carta divagante afirma que os humanos inventaram Deus e fazem varias referências ao ser espiritual.
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“Deus pensa que pode libertar os mortais, este sistema não funciona para ninguém”, diz uma das linhas.
O texto também descreve Deus, Jesus e o Espírito Santo como “pesos mortos”.
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Também encoraja Deus a abandonar a humanidade e deixá-los nas mãos do Diabo.
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Os especialistas descobriram que a carta era uma mistura confusa de línguas, e acreditam que foi escrita pela própria irmã e não pelo Diabo.
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“Eu pessoalmente acredito que a freira tinha um bom domínio das línguas, o que lhe permitiu inventar o código, e ela pode ter sofrido um ataque de esquizofrenia, o que a fez imaginar diálogos com o Diabo”, disse o diretor da Ludlum, Daniele Abate.
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“Isso não impediu que inúmeras seitas de satanás ficarem interessadas em entrar em contato comigo desde que eu publiquei nossas descobertas.”
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Ela acrescentou: “Preparamos o software com o grego antigo, árabe, alfabeto rúnico e o latim para decodificar algumas das cartas e mostrar o que é realmente diabólico”.
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As cartas foram encontradas em um convento da Sicília, onde a freira morava desde os 15 anos de idade.
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