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OCULTISMO: EM BUSCA DO DESCONHECIDO - O DESTINO ESCRITO NA FACE E NA PALMA DA MÃO

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Se olhar para o céu em busca de sinais e presságios sobre o futuro parecer intangível, há outros métodos mais pronta e facilmente acessíveis aos que se aventuram na arte de adivinhação. O Zohar, ou Sefer ha-zohar (em hebraico: Livro do Esplendor), um texto do século 13 sobre misticismo judaico, dizia: “No firmamento que envolve o universo, vemos muitas configurações formadas pelas estrelas e planetas. Elas revelam coisas ocultas e profundos mistérios. 

Similarmente, na pele que cobre o ser humano existem formas e traços que são as estrelas do nosso corpo.” Esta filosofia levou a outras formas de adivinhação, ou predição do futuro, ou seja, examinar a face e a palma da mão em busca de sinais proféticos. Tanto no Oriente como no Ocidente, tais práticas ainda são bem difundidas. Mas, é óbvio que têm suas raízes na astrologia e na magia.


Fisiognomonia é ler a sorte examinando as feições da face, como o formato dos olhos, do nariz, dos dentes e das orelhas. Em Estrasburgo, em 1531, certo João de Indagine publicou um livro sobre o assunto, em que proveu vívidas gravuras de faces com variados formatos de olhos, nariz, orelhas, e assim por diante, junto com suas interpretações. Curiosamente, ele citou as palavras de Jesus Cristo em Mateus 6:22, “se, pois, o teu olho for singelo, todo o teu corpo será luminoso”, como base para dizer que olhos grandes, luminosos e redondos significavam integridade e boa saúde, ao passo que olhos fundos e pequenos eram sinais de inveja, malícia e desconfiança. Contudo, num livro similar, Compendium of Physiognomy (Compêndio de Fisiognomonia), publicado em 1533, o escritor Bartolomeu Cocle afirmava que olhos grandes e redondos indicavam uma pessoa instável e preguiçosa.

Segundo os adivinhos, depois da cabeça, o que melhor do que qualquer outra parte do corpo reflete as forças do alto é a mão. Assim, ler as linhas da palma da mão para determinar o caráter e o destino da pessoa é outra forma comum de adivinhação — quiromancia, ou simplesmente leitura da mão. Quiromantes da Idade Média procuravam na Bíblia apoio para a sua arte. Apresentaram versículos tais como: “Ele sela as mãos de todo o homem, para que conheçam todos os homens a sua obra”, e: “Aumento de dias há na sua mão direita: na sua esquerda riquezas e honra.” (Jó 37:7; Provérbios 3:16, Al) As protuberâncias, ou montes, da mão foram também levadas em conta, pois pensava-se que representavam os planetas e, portanto, revelavam algo a respeito do indivíduo e seu futuro.

Ler a sorte analisando as feições da face e das mãos é extremamente comum no Oriente. Além dos adivinhos e consultores profissionais que oferecem seus serviços, os amadores e curiosos proliferam, pois há ampla disponibilidade de livros e publicações de todos os níveis. As pessoas não raro procuram a leitura da palma da mão como diversão, mas muitos levam tais coisas a sério. 

Contudo, em geral, as pessoas raramente se contentam em empregar apenas um único meio de adivinhação. Diante de problemas sérios ou decisões importantes, elas vão a seu templo, quer budista, taoísta, xintoísta, quer outro, para inquirir dos deuses, daí ao astrólogo para consultar as estrelas, ao adivinhador para ler a palma da mão e examinar a face, e, depois de tudo isso, voltam para casa e consultam seus ancestrais falecidos. Elas esperam, em alguma parte, encontrar uma resposta que as satisfaça.

Arranjo: Jhero